A festa do casamento não é de fato um investimento financeiro, mas para muitos é um investimento na felicidade e um marco na história do casal, a cerimônia pode ter um planejamento de anos e é executada de maneira perfeita, de certo, muitas vezes requer uma grande quantia de dinheiro para realizar a cerimônia.
O maior erro aqui não é planejar e gastar na festa de casamento, pelo contrário, os casais merecem isso. O erro está no fato de planejar tão cautelosamente todo esse processo e parar depois que a festa acaba, planejar é essencial e para ter sucesso nessa etapa é preciso investir de forma consciente, inteligente e com objetivos futuros.
Os objetivos do casal e pessoal de cada um não podem cessar, afinal o que é uma pessoa sem ambições?
Nessa etapa é fundamental ter planejamento para investir e investir para conquistar os planos, parece confuso, mas investir sem conhecimento pode gerar perdas e esse não é o objetivo, por isso o melhor caminho é que o casal passe por um processo de aprendizado e entenda como podem investir de maneira segura e rentável.
Com cerca de 70% a 80% da renda comprometida com os gastos fixos e variáveis, o restante deve ser destinado à construção do patrimônio individual e do casal.
Existem dois modelos, cada um deles com seu ponto positivo e negativo, o casal deverá ter muito comprometimento para que isso dê certo.
O primeiro modelo funciona para os casais que não conseguem poupar muito dinheiro no mês, para eles, o ideal é juntar seu patrimônio para investir, desse jeito os juros compostos terão melhor eficiência, pois o montante somando de cada um terá um rendimento mais alavancado. O problema aqui é que o casal deve ter um controle muito eficiente sobre a quantia e organizar todas as aplicações para saber com quanto cada um está ajudando. Cada uma das partes deverá ajudar de forma proporcional a seu salário se for possível, mas também pode ficar a critério do casal como isso será feito, já que muitas vezes esse modelo pode não ser possível.
O outro modelo também preciso ser muito regrado, mas como a divisão dos valores é mais clara, pode ser um pouco mais fácil de seguir, ou seja, da mesma forma que os gastos devem ser separados, entre o que pagam em conjunto e sozinhos, o investimento deve ter a mesma filosofia, ou seja, dos 30% destinados a esta finalidade, o casal vai dividir a quantia em duas partes iguais, uma fica para o patrimônio pessoal de cada um e outra fica para o patrimônio conjunto. Seguindo também a mesma premissa da proporcionalidade nos gastos, o mesmo se aplica aos investimentos, ou seja, aquele que recebe mais, vai contribuir mais, mas de forma percentual igual.
Desse montante, o casal deverá formar três reservas de emergência, uma para cada pessoa, de forma individual, e outra para o casal. Essas reservas são formadas a partir do cálculo de gastos realizado durante as etapas de otimização do orçamento e gastos, com esse resultado em mãos é só multiplicar o gasto de cada uma das partes de forma separada por seis e o também o gasto conjunto pelo mesmo valor, dessa maneira o casal terá em mão quanto deverá poupar e guardar em cada reserva.
Feito isso, a premissa de poupar dinheiro continua, mas agora podem diversificar entre ativos de investimento a fim de conquistar objetivos futuros, como: uma casa, carro, viagem. Planos de longo prazo também devem ser pensados, como a aposentadoria de cada um.
Ter uma reserva individual e uma para o casal não significa que as partes não possam se ajudar, podem e devem, em determinadas situações de mais necessidade ajudar seu parceiro com uma parte maior de seu patrimônio, o que não pode acontecer é que esta ajuda se torne frequente e cause algum tipo de dependência e acomodação.
Cada investimento deve ter um propósito. A finalidade pode ser uma conquista individual ou conjunta, mas devem ser feitos com parceria e planejamento.